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Back to Black é o segundo álbum de estúdio da cantora e compositora britânica Amy Winehouse, lançado primeiramente na Irlanda em 27 de outubro de 2006 e três dias depois no Reino Unido através da editora discográfica Island Records. As sessões de gravação do projeto iniciaram-se em novembro de 2005, após Winehouse finalizar o seu trabalho com o seu disco de estreia, Frank (2003), sendo interrompidas no mesmo mês, devido aos problemas pessoais da artista, reiniciando-se apenas em março de 2006, estendendo-se, desta vez, por um período de cinco meses, com término em agosto. Durante a elaboração do material, a cantora trabalhou com Mark Ronson e Salaam Remi, creditados nas notas da obra como produtores, e teve grande participação nas composições. A sonoridade do disco difere do seu trabalho anterior, ao incorporar principalmente música soul das décadas de 1950 e 1960, o R&B contemporâneo e os estilos de influência jamaicana, como o ska, tendo como inspiração os grupos femininos dos anos 1960. Liricamente, as faixas abordam temas como o seu envolvimento com álcool, drogas e os seus relacionamentos amorosos.
Back to Black registrou uma recepção positiva por parte da crítica contemporânea especialista após o seu lançamento, que elogiou a maneira "emotiva de cantar" da artista e os variados estilos musicais do álbum, e alcunharam-no ao final de 2007 de "Álbum do Ano". Descrito como um dos melhores registros de soul da música moderna, um clássico de R&B e como sincero e obscuro, o disco também representou um forte impacto no cenário musical mundial, pois fez Winehouse ser considerada a desencadeadora de uma nova Invasão Britânica e, posteriormente, citada como influência musical nos trabalhos de outros artistas, como Adele, Bruno Mars e Lady Gaga. Como parte do reconhecimento do trabalho da cantora, o material também recebeu indicações a várias premiações ao redor do mundo, inclusive ao Grammy Awards na sua 50.ª edição, onde Amy Winehouse igualou o recorde de Alicia Keys, Beyoncé Knowles e Norah Jones para artista feminina com mais Grammys vencidos em apenas uma cerimônia, ao conquistar cinco troféus dos seis em que disputava, convertendo-se ainda na primeira intérprete feminina britânica a vencer cinco categorias em uma mesma noite.
Comercialmente, o álbum também foi bem recebido. No Reino Unido, ele estreou na terceira posição da lista oficial dos mais vendidos e obteve o primeiro lugar seis vezes não-consecutivas. Além disso, culminou nos mercados musicais de outros de 22 países, como os do continente europeu e a Nova Zelândia, e alcançou as dez primeiras colocações das tabelas de outros doze. Nos Estados Unidos, conseguiu estabelecer a maior entrada alcançada por uma artista feminina britânica na época, ao debutar no número sete da Billboard 200. Mundialmente, vendeu seis milhões de réplicas apenas em 2007 e acabou por se tornar o registro mais vendido do ano, enquanto em 2008 foi o segundo mais bem vendido em nível global, com outras cinco milhões de cópias. Para a divulgação da obra, seis singles foram lançados: "Rehab", "You Know I'm No Good", "Tears Dry on Their Own", "Love Is a Losing Game", "Just Friends" e a faixa homônima.
Back to Black ressurgiu nas tabelas musicais mundiais na semana de 24 de julho de 2011, logo após a divulgação do falecimento da cantora, alcançando o primeiro lugar em vendas no iTunes em quinze países. Nos Estados Unidos, obteve a quarta posição na lista compilada pela Billboard, ao vender mais de 91 mil unidades duas semanas após a morte de Amy Winehouse. Na Europa, reassumiu a primeira colocação nos rankings de vários países, inclusive no Reino Unido, onde obteve o título de álbum mais vendido do século XXI, passando a ocupar em dezembro o segundo lugar, atrás apenas de 21 (2011) da inglesa Adele. Atualmente, as suas vendas ultrapassam a marca de vinte milhões de exemplares faturados em todo o mundo, o que o fez entrar para a lista dos registros mais bem vendidos em nível global. Além disso, também se encontra situado na lista dos mais vendidos em território britânico, com mais de 3.500 milhões de cópias comercializadas.
User Album Review
Amy Winehouse opened her second album stating defiantly that she wasn't going to rehab – no, no no – then spent the next nine songs documenting why a spell of rest and recuperation might not be such a bad idea after all.
If this was the decade in which celebrities bared all – thanks to websites, cameraphones, the pages of Heat – then Back to Black was its musical equivalent, spilling gin-soaked tales of heartbreak, drugs and depression like they were going out of fashion. You Know I'm No Good has our heroine crying on the kitchen floor, enduring tedious sex and getting caught by a lover with tell-tale carpet burns … and that's just in the space of three minutes.
Back to Black spoke a street-smart, noughties language (from scoffing "chips'n'pitta" to opening lines as gobsmacking as "He left no time to regret/Kept his dick wet"), but it was Mark Ronson and Salaam Remi's faithful 1960s Motown stylings that eased such tough tales into the living rooms of millions. Critics will argue that Back to Black is a coffee-table album – shamelessly retro, lacking in musical innovation. But its strengths were never about tearing down sonic boundaries. This was articulation of an inner pain to rival that of her idols – from Billie Holliday to Sam Cooke – sang with an authentic soul voice that had the strife of a collapsing relationship etched across it. Put simply, the only thing Back to Black had in common with a coffee table was an edge.
This edge was to be Winehouse's downfall. In a tragic case of life imitating art, she ended up living out the worst aspects of Back to Black's subject matter, stumbling around Camden to the glee of websites, cameraphones and, indeed, those pages of Heat. But during the recording of the album, Winehouse managed to save her dark side for the music, combining misdemeanour with melody, scandal with soul. That she will ever pull off such a dazzling highwire dance again – to come back from black, as it were – seems a sadly distant hope.
SOURCE: https://www.theguardian.com/music/musicblog/2009/nov/25/amy-winehouse-back-to-black
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